Todos ficamos perplexos ante as atitudes dos apóstolos diante do Senhor, quer de Judas Iscariotes que foi quem O traiu, quer de Pedro que O negou três vezes antes de o galo cantar, quer de Tiago e João que perguntaram ao Senhor se podiam descer fogo do Céu para consumir os samaritanos. Cada um cometeu pelo menos uma gafe diante do Senhor Jesus, e quando mais o Senhor precisou deles, fugiram deixando-O só. E não obstante, ainda assim continuaram sendo chamados de apóstolos do Senhor, com exceção, naturalmente, de Judas Iscariotes, é claro.
A pergunta é: o que os fez mudar de atitude para se transformarem na base da Igreja primitiva e com coragem e fé enfrentarem desafios da própria morte, sendo torturados, passando pela prova de escárnios e açoites, de algemas e prisões, apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada, peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados, errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas e pelos antros da Terra? Só existe uma única resposta: o batismo do Espírito Santo os capacitou para enfrentarem todos estes desafios e, ainda assim, prevalecerem pelo poder da fé que o batismo no Espírito proporciona.
Na realidade, quantos são os cristãos que por muito menos têm deixado a fé para seguir o curso deste mundo vil? Quantos são aqueles que desertaram por causa do calor da provação? Os apóstolos suportaram tudo isto por causa do inundar do Espírito de Jesus que estava sobre eles: logo após a ressurreição do Senhor e Sua aparição entre eles no Cenáculo, o Senhor Jesus soprou o Espírito Santo sobre todos, que até então não O conheciam, a partir deste momento, vieram a tornar-se verdadeiros instrumentos do poder de Deus.
Fonte: Livro O Espírito Santo do Bispo Macedo